Résumé: 13 de outubro de 54 d. C.. Cláudio, o quarto imperador romano da dinastia júlio-claudiana está morto, envenenado por sua mulher, Agripina.
Nero torna-se imperador e toma as suas primeiras decisões. Agripina, a sua mãe, após comprar-lhe os favores das legiões e do senado, crê que irá ela governar à sombra do filho. Mas Nero, com dezassete anos, já não é uma criança e ela vai tomar consciência disso às suas próprias custas.
Britânico, filho de Cláudio, foi afastado do poder. Mas Pallas, para se vingar de Nero que lhe havia tirado Acté, a sua escrava favorita, envia a Britânico um pergaminho que pode mudar o destino do mundo: o acto de repudiação lacrado com o selo do seu pai e que afasta Nero da linha de sucessão.
Entretanto, Murena, progredindo lentamente, continua à procura dos assassinos da sua mãe, enquanto Nero se prepara para resolver o “problema Britânico”.
Agripina, ardilosa e atenta a tudo, continua a manipular nas sombras.
O tempo da inocência acabou e os jogos de poder tomam o seu lugar acima da consciência.
Dufaux continua, de forma brilhante, a sua narrativa da história de Roma fiel aos acontecimentos históricos (com uma ou outra excepção pois, por exemplo, nunca foi encontrado o testamento de Cláudio). A violência é uma constante, assim como a cupidez e a sede de poder, as traições, os crimes e a crueldade sem escrúpulos.
Vemos neste segundo acto um Nero que começa a revelar as características que o marcaram para a posteridade: incontrolável, vingativo, mimado, mas amante das artes e capaz, apesar de tudo, de tomar decisões em prol do império e das suas gentes.
O desenho realista de Delaby, muito trabalhado e sempre sublime, aprimora-se. A busca do detalhe é uma constante que salta à vista de todos. Os jogos de luz são uma constante e cada vinheta tem uma iluminação esmerada. A colorização é, quanto a mim, a melhoria mais visível em relação ao primeiro álbum, com a mudança da paleta cromática e da técnica de pintura.